HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 21
LITERATURA FRANCESA
(Continuação do post anterior)
Outros romancistas franceses do atual século podem ser destacados , como André Malraux (1901), George Duhamel (1884), Louis Aragon, Romain Rolland (1866-1944), Jules Romains (1885), e, sobretudo, Marcel Proust (1871-1922) que auxiliaram e influenciaram a atual geração de após Segunda Guerra Mundial. Malraux apresenta o homem envolvido pelo movimento da história e do destino, do universo e da sociedade e afirma o valor da camaradagem viril em seu romance-reportagem “Lespoir” e também em “La Voie Royale” e “La Condition Humaine ou em “Les Noyeurs d'Altenburg”. George Duhamel apresenta os sentimentos sociais num otimismo aparente que oculta um real desencanto. Duhamel é autor de dois ciclos romanesco: “Salavin” (que inclui “La Confession de Minuit”, “Deus Hommes”, Journal de Salavin”,”Le Club des Lyonnais”, “Tel qu'en lui-même”) e “Pasquier” (visão de uma família e da sociedade; composto em dez volumes). Louis Aragon, após aderir ao comunismo tentou justificar o realismo soviético ao escrever dois ciclos de romances: “Le Monde Réel”, composto pela trilogia “Les Cloches de Bâle”, “Les Beaux Quartiers” e “Les Voyageurs de I'Impériale”, e o ciclo “Les Comunistes”. Romain Rolland é o idealista e cultor dos heróis que obteve grande sucesso com seu monumental ”Jean-Christophe” composto com a perfeição de uma sinfonia.
Marcel Proust é a segunda influência literária manifestada no século. Sua coleção “A la Recherche du Temps Perdu” inclui “Du Côté de chez Swann”, “A I'ombre des jeunes filles em fleurs”, “Le Côté de Guermantes”, “Sodome et Gomorrhe”, “La Prisonière”, “Albertine Disparue” e “Le Temps Retrouvé”. Proust é o escritor da temporalidade escrevendo sua ação destruidora implacavelmente sobre o homem, ao qual resta apenas tentar a recuperação do passado no presente, ainda que fugitivamente, através da paciente análise descritiva da infância, da sociedade e do processo da paixão amorosa.
Simone de Beauvoir é a autora de um importante romance “L'Invitée” – no qual a apresentação psicológica dos personagens é realizada não por análises descritivas, mas pela apreensão imediata através dos atos em processo. Os primeiros ensaios de Simone divulgam o existencialismo sartriano em suas primeiras formulações – “Pyrrhus et Anéas” e “Pour une morale d'ambiguité” –; a amplitude alcançada por este pensamento filosófico com a abertura de perspectivas sociais e consequente transformação em marxistencialismo informam a outra significativa criação literária de Simone de Beauvoir, “Deuxième Sexe”.
Autor de extrema singularidade pela agressividade do diálogo estabelecido com o leitor e pelo paradoxal nível poético é Jean Genet (1909). Em sua produção, simultaneamente fascinante e repulsiva, mas de inegável transfiguração artística e de expressão definida como “um mode mosical nouveau”, são criações mais importantes: “Notre-Dame-de-Fleurs”, “Miracle de la Rose”, “Querelle de Breste” e “Journal du Voleur”.
A novíssima renovação do romance francês continua principalmente com o estilo de inspiração católico-personalista e com o chamado “nouveau roman”.
Continua no próximo post.)
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 61/62.
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