HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA –
PARTE 8
Afonso VII não reagiu à
afronta, e a paz entre os dois primos reinou até 1135, ano em que o
Infante Afonso Henriques voltou a invadir a Galícia. Mas, desta vez,
as coisas não ocorreram como dantes, e as forças “portuguesas”
foram quase totalmente destroçadas pelos exércitos de Afonso VII.
Todavia, novamente sem que se tenha uma explicação satisfatória
para esse comportamento, Afonso VII não se preocupou em perseguir as
tropas invasoras que se retiravam derrotadas, nem em punir o seu
primo pela audácia que tivera em invadir terras do seu império.
Errou Afonso VII, e o futuro se encarregou de mostrar isso. De fato,
nem bem dois anos haviam passado e Afonso Henriques invade novamente
a Galícia e desbarata as forças locais na célebre Batalha de
Cerneja. A sorte parecia sorrir para o infante “português” e os
seus aliados de Navarra e Aragão, quando as fronteiras do sul foram
invadidas pelos sarracenos. Ao mesmo tempo, chegavam notícias de que
Afonso VII marchava contra ele à frente de um poderoso exército,
depois de ter derrotado as forças navarro-aragonesas. Metido entre
dois fogos, Afonso Henriques foi obrigado a pedir paz ao seu primo, o
imperador, jurando-lhe vassalagem.
Conseguida
a paz, o inquieto infante voltou suas armas para o Sul, contra os
sarracenos, onde em 25 de julho de 1139, vence a célebre Batalha de
Ourique, que, mesmo reduzida às suas
devidas proporções, é considerada pela maioria dos historiadores
como “a pedra angular da monarquia portuguesa.” (Alexandre
Herculano, História de Portugal.) Nessa batalha, os soldados,
entusiasmados com a vitória conseguida contra os muçulmanos,
aclamaram rei a Afonso Henriques, que, a partir daí, passou a usar
esse título nos decretos e proclamações.
Animado por essa vitória e
disposto a se vingar da humilhação de 1137, Afonso Henriques
(Afonso I de Portugal) invadiu novamente o território da Galícia no
ano seguinte. Abandonando a frente aragonesa, o imperador marchou com
suas tropas para opor-se às forças portuguesas”. Os dois
exércitos defrontaram-se em Valdevez (1140), onde Afonso VII foi
batido, não numa baralha campal propriamente dita, mas num torneio,
como comum da Idade Média, época em que as guerras e as batalhas
nem sempre “eram para valer.” Agora foi a vez do imperador pedir
a paz, que foi conseguida mediante um armistício que deveria durar
até a assinatura de um tratado de paz definitivo. Esse tratado foi
finalmente assinado em Zamorra, em 1143, ocasião em que o imperador
reconheceu a independência de Portugal e o título de rei assumido
pelo seu primo Afonso Henriques. Estava oficialmente estabelecida a
nacionalidade portuguesa.
Obs: Com relação as
informações históricas e geográficas contidas neste post, favor
ver a data da edição do livro.
Fonte: “Os Forjadores do
Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
Queridos amigos!
Eis que mais uma
vez, depois de um breve período de descanso, retornamos, eu e nossos
dois espaços, o Arte & Emoções e o Literatura & Companhia
Ilimitada, ao prazeroso convívio de todos vocês, razão maior e
fomento da nossa permanência neste mundo maravilhoso.
Agradecemos de
coração pelas valiosas atenção e compreensão, na esperança de
poder continuar sendo merecedores desse apoio que somente nos
fortalece.
Muito obrigado e
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“Que DEUS seja
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Rosemildo Sales Furtado
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