quarta-feira, 7 de março de 2018

Grandes vultos: Rui Barbosa - Parte 07.


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
RUI BARBOSA – PARTE 07.
“Quanto à outra, na elevada acepção do termo, a mais alta e nem por isso menos prática, no que se relaciona com os interesses supremos que une as nações, umas com as outras, acaso pode ser-nos vedada esta política? Não, senhores.”
Ao terminar o discurso houve um movimento de espanto na sala. Sua tribuna foi rodeada por representantes dos mais diversos países. Rui Barbosa havia feito o Brasil triunfar defendendo o direito das pequenas nações. Nascera a “Águia de Haia”.
Os jornais da Europa não pouparam elogios à atuação máscula de Rui Barbosa. O Times, de Londres, tão discreto e frio com elogios, comparou-o a Cícero e o comentarista William Staed afirmou sobre a atuação de Rui que “tão grande triunfo pessoal não obteve nenhum outro membro da Conferência.”
1910. Instado várias vezes para ser candidato à Presidência da República, Rui Barbosa sempre se esquivou. No entanto, ao se concretizar a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca, pessoa, aliás, a quem Rui Barbosa dedicava estima pessoal, em circunstâncias para ele anormais pois não saíra de um partido político ou de uma campanha política, mas de uma verdadeira imposição militar, endossada pelo situacionismo federal, aceita o posto de sacrifício. Candidata-se, iniciando a campanha Civilista. Abandona todos os seus afazeres; fecha o seu escritório de advocacia e entra no barco sucessório enfrentando a borrasca de uma situação crítica. Essa campanha – ainda é João Mangabeira que depõe – “excedeu a todas as expectativas, ultrapassou todas as previsões, ainda mesmo as mais otimistas. Somados todos os votos das seções eleitorais que real e livremente funcionaram, Rui foi eleito com grande maioria. Mas a democracia, como a liberdade, não se deixa conquistar de todo da primeira vez que por ela se luta. É preciso persistir, porfiar, estar sempre em riste, na linha da defesa, com uma vigilância permanente.”
Derrotado, Rui começa durante o governo de Hermes da Fonseca, o seu trabalho de oposição. Declara: “Nos dias de opressão, ser oposição é uma honra. A desonra é ser governo.”
Logo depois do início do governo Hermes da Fonseca, estoura a revolta Armada, chefiada pelo bravo marinheiro João Cândido. Os marujos exigiam fossem abolidos os castigos corporais na Marinha. É a “Revolta da Chibata”.
No Senado, Rui Barbosa levanta a voz pedindo anistia para os amotinados. E pouco tempo depois encaminha e justifica brilhantemente uma indicação para que a comissão de Justiça formule projeto abolindo, nas Forças Armadas, os castigos corporais até então usados.
Continua...
CLÓVIS MOURA

Um comentário:

CÉU disse...

olá, querido amigo...

e continua a força, a determinação e a elevação de rui barbosa. o facto de ter sempre defendido os mais pobres e fracos, lhe deu louros em seu país e em outros.

foi oposição ao governo de hermes da fonseca, mas o soube ser. a revolta da chibata foi um acontecimento importantíssimo, em matéria de direitos humanos.

grata por sua visita e votos em meu blog. a cirurgia a mão correu bem, mas só escrevo com a dta. daí k não apareçam aqui letras maiúsculas e alg. sinais de pontuação. a mão intervencionada está ainda toda ligada e só 6 feira vou retirar al. pontos.

estou pensando postar para a semana. vamos ver...

beijos e tudo de bom...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...